Los Toperas

Jornalismo, videogames e seres abjetos

22 março 2006

[idéias] A luta do século


Qualquer um que leva os games mais a sério já topou com a discussão sobre o que é mais importante num jogo, a jogabilidade (o conceito no geral, não só a capacidade de seu personagem andar para o lado que você quer que ande) ou a narrativa; talvez sem saber que durante os últimos 5 ou 10 anos esse tem sido o debate mais quente entre acadêmicos da área. "Ludologists" contra "narratologists". Os primeiros defendem que somente o gameplay perfeitamente ajustado pode gerar um jogo realmente fundamental. Já os segundos afirmam que a história é a chave de tudo, e com personagens e escolhas fracas nem a mais perfeita mecânica de jogo pode salvar a experiência.

É sobre isso que este artigo da revista The Escapist trata, ouvindo especialistas da área e chegando à conclusão de que talvez a maioria dos teóricos esteja pronta para caminhar para além dessa discussão. Talvez ela não seja importante, simplesmente porque a narrativa não vive sem a jogabilidade e vice-versa.

People with vested interests have succeeded in putting forward a masturbatory, ego-driven, politically-motivated debate that is never going to help anyone make a better interactive product.

Por outro lado, o blog Grand Text Auto defende neste post que fingir que o debate não existe é tapar o sol com a peneira.

But could it be that there are real challenges to be addressed and researched here, highly relevant to both industry and academia, that won’t go away just because it’s a hard problem?

O GTxA é um coletivo de estudiosos que, entre outras coisas, tenta combater a falta de games que tragam novas idéias para o campo da narrativa.

Vale a pena ler os dois links e constatar que, pelos comentários do post, a polêmica está longe de acabar...